quinta-feira, 19 de julho de 2012

Gosto do meu individualismo, só me encontro dentro dele, lá fora cansei das pessoas trocarem ideias, mentiras, vantagens, idiossincrasias. Não importa o quanto me fazem rir e sentir um pouco mais distante da morbidez. Vocês sempre terminam me magoando quando servem-se de metade, só um pedacinho de mim."
Gabito Nunes.
Esquece. Não vou atrás de ninguém. Não mais. Ontem eu quis desesperadamente a sua companhia lá naquele banco da praça, quis ficar ali com você a noite toda se pudesse. E quando fui embora pensei em te ligar, dizer pra voltar amanhã, vir me fazer sorrir. Mas não. Hoje eu acordei e pensei que seria melhor não, eu não quero me apegar em ninguém, não quero precisar de ninguém. Quero seguir livre, entende? Mesmo que isso me faça falta, alguém pra me prender um pouquinho. Vou me esquivar de todo sentimento bom que eu venha a sentir, não levar nada a sério mesmo. Ficar perto, abraçar de vez enquando, sentir saudade, gostar um pouquinho. Mas amar não, amar nunca."
Caio Fernando Abreu.

sexta-feira, 23 de março de 2012


Eu não entendo muito o ser humano! Um ser que não sabe nada sobre sua existência, da onde veio, surgiu o como veio parar aqui. A ciência, medicina, psiquiatria entre outros deram grandes passos na história, mas ainda não conseguiram desvendar este mistério enigmático.  Toda evolução desses meios vieram a partir da observação, alimentada pelo questionamento e sustentada pela reflexão. Tantos questionamentos e eu não entendo o ser humano. Diante de tantos pontos de interrogações, poucas respostas existem. Isso é anormal, completamente anormal. Estou longe de compreender tanta comodidade e pouco interesse. Cada ser humano é um mundo, uma imensa caixa de segredos capaz de pensar e sentir. O mundo é cheio de simples perfeições as quais ninguém repara, mas faz parte desse mistério enigmático, a vida. Isso não é uma agonia? Não, eu não estou falando de coisas grandes, mas de coisas pequenas, porém sem respostas. Eu sou anormal ou vocês? Talvez se cada um observasse mais, se questionasse e buscassem as respostas o mundo não estaria desta forma. Em todo canto que direciono meu olhar vejo pontos de interrogações e viajo, viajo mergulho dentro de um mundo privilegiado ao ser humano, os pensamentos. Mas sabe o que acontece? Todos estão com os olhos direcionados á outras coisas, não para as coisas simples. O mundo em que vivemos é um teatro. As pessoas frequentemente representam. Elas se observam o tempo todo, esperando comportamentos previsíveis. Observam gestos, roupas, palavras. A liberdade de pensar parece utopia. Parece que as pessoas sabem tudo, tudo o que as convém, tudo aquilo que o sistema escancara e preza. Sendo que nem aos menos da onde elas vieram se sabe.

Monica Manzoni

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012