Eu não
entendo muito o ser humano! Um ser que não sabe nada sobre sua existência, da
onde veio, surgiu o como veio parar aqui. A ciência, medicina, psiquiatria
entre outros deram grandes passos na história, mas ainda não conseguiram
desvendar este mistério enigmático. Toda
evolução desses meios vieram a partir da observação, alimentada pelo
questionamento e sustentada pela reflexão. Tantos questionamentos e eu não
entendo o ser humano. Diante de tantos pontos de interrogações, poucas
respostas existem. Isso é anormal, completamente anormal. Estou longe de
compreender tanta comodidade e pouco interesse. Cada ser humano é um mundo, uma
imensa caixa de segredos capaz de pensar e sentir. O mundo é cheio de simples
perfeições as quais ninguém repara, mas faz parte desse mistério enigmático, a
vida. Isso não é uma agonia? Não, eu não estou falando de coisas grandes, mas
de coisas pequenas, porém sem respostas. Eu sou anormal ou vocês? Talvez se
cada um observasse mais, se questionasse e buscassem as respostas o mundo não
estaria desta forma. Em todo canto que direciono meu olhar vejo pontos de
interrogações e viajo, viajo mergulho dentro de um mundo privilegiado ao ser
humano, os pensamentos. Mas sabe o que acontece? Todos estão com os olhos
direcionados á outras coisas, não para as coisas simples. O mundo em que
vivemos é um teatro. As pessoas frequentemente representam. Elas se observam o
tempo todo, esperando comportamentos previsíveis. Observam gestos, roupas,
palavras. A liberdade de pensar parece utopia. Parece que as pessoas sabem
tudo, tudo o que as convém, tudo aquilo que o sistema escancara e preza. Sendo
que nem aos menos da onde elas vieram se sabe.
Monica Manzoni