sexta-feira, 23 de março de 2012


Eu não entendo muito o ser humano! Um ser que não sabe nada sobre sua existência, da onde veio, surgiu o como veio parar aqui. A ciência, medicina, psiquiatria entre outros deram grandes passos na história, mas ainda não conseguiram desvendar este mistério enigmático.  Toda evolução desses meios vieram a partir da observação, alimentada pelo questionamento e sustentada pela reflexão. Tantos questionamentos e eu não entendo o ser humano. Diante de tantos pontos de interrogações, poucas respostas existem. Isso é anormal, completamente anormal. Estou longe de compreender tanta comodidade e pouco interesse. Cada ser humano é um mundo, uma imensa caixa de segredos capaz de pensar e sentir. O mundo é cheio de simples perfeições as quais ninguém repara, mas faz parte desse mistério enigmático, a vida. Isso não é uma agonia? Não, eu não estou falando de coisas grandes, mas de coisas pequenas, porém sem respostas. Eu sou anormal ou vocês? Talvez se cada um observasse mais, se questionasse e buscassem as respostas o mundo não estaria desta forma. Em todo canto que direciono meu olhar vejo pontos de interrogações e viajo, viajo mergulho dentro de um mundo privilegiado ao ser humano, os pensamentos. Mas sabe o que acontece? Todos estão com os olhos direcionados á outras coisas, não para as coisas simples. O mundo em que vivemos é um teatro. As pessoas frequentemente representam. Elas se observam o tempo todo, esperando comportamentos previsíveis. Observam gestos, roupas, palavras. A liberdade de pensar parece utopia. Parece que as pessoas sabem tudo, tudo o que as convém, tudo aquilo que o sistema escancara e preza. Sendo que nem aos menos da onde elas vieram se sabe.

Monica Manzoni